Bunkers, guerrilha urbana e “assaltos” em Lisboa
Colectivo artístico Estrela Decadente
DOI:
https://doi.org/10.48619/cap.v2i1.356Palavras-chave:
Estrela DecadenteResumo
O coletivo artístico Estrela Decadente territorializa o centro de Lisboa desde 2016 com práticas artísticas inscritas pela cultura independente, a auto-organização e o ativismo. As localizações artísticas do coletivo procuram a divergência com a cidade homogénea e financeirizada, constituem-se num aparato medial marcado pela estética urbana do it your self e lo-fi, levantando por essa razão uma topografia provisória e subterrânea. As suas coordenadas são espaços-bunkers e o seu léxico é bélico e comunitário. São localizações temporárias e difíceis de acessar, mas que se pronunciam com chamadas ocasionais à sua participação comunitária. Circulam em espaços específicos de associativismo cultural e político, e sinalizam território próprio congregando estratégias de street art como os posters e o bombing, com publicações independentes periódicas que se atualizam com as questões artísticas, culturais e políticas em curso na sociedade. Este artigo pretende perspectivar criticamente as localizações do colectivo Estrela Decadente através da arquitetura do bunker, cujo aparato configura as operaçõeses estéticas e a participação social do coletivo numa performance urbana.